terça-feira, 2 de novembro de 2010

"Longo caminho de volta"


“Um ser humano.
Uma alma iluminada que veio para nos mostrar o valor da vida.
Uma pessoa que emociona, que traz de volta a vontade de reagir."

            Nascido na cidade maravilhosa, ex-jogador de basquete, empresário, proprietário da Editora Lucena, a editora que comercializa seus livros, com três títulos em seu currículo (Longo caminho de volta, Andanças de um aprendiz 1 e Andanças de um aprendiz 2), Ricardo Lucena Junior também é palestrante e já ministrou mais de 400 conferencias, quase todas para jovens do ensino fundamental e médio assim como em Universidades e em empresas.

           Pai de Heloísa, Ricardo é apaixonado pela filha e pela luz que ela irradia em sua vida. Aos seus 37 anos de idade, Ricardo adora ler, passear, viajar e acessar a internet.
           "Sempre fez parte de meu vocabulário a palavra CORAGEM, não dando espaço pra covardia em nenhuma de minhas fases de vida."
           "O deficiente físico não é um coitadinho, um ser frágil que necessita só de leis especiais que o protejam.
           “O deficiente físico não precisa de leis, e sim daquilo que todos os seres humanos precisam: RESPEITO.”
          "Deixei de pensar apenas na minha vida para pensar na vida"
           “Apenas me dei conta da futilidade das aparências, da completa
inutilidade do excessivo apego ao dinheiro, de como a violência embota
os sentidos e tantas outras coisas com as quais sequer me preocupava
antes… O que mudou foi a ótica diante da vida. É isso mesmo. Deixei
de pensar apenas na minha vida para pensar na VIDA.”
Dirigir o carro até o trabalho, andar de ônibus, tomar um
banho, fazer uma visita a algum ponto turístico. Esses atos são tão
corriqueiros que com certeza não ganham o devido valor. São hábitos,
fazem parte da rotina e ninguém se imagina dependente de alguma outra
pessoa para conseguir realizá-los.
Para Ricardo Lucena Júnior a situação era a mesma, até que um
acidente mudasse totalmente o rumo das coisas. Era domingo, dia 28 de
fevereiro de 1988, Ricardo tinha apenas 18 anos e muitos planos pela
frente. Acabara de terminar o segundo grau e se preparava para entrar
na faculdade de informática. Fazia coisas comuns a todo jovem:
namorava, jogava basquete, saia com os amigos. Aproveitava da forma
mais saudável sua juventude. Ricardo foi atropelado por uma moto
quando conversava com uma amiga na calçada. O motoqueiro estava bêbado
e drogado. Foram nessas circunstâncias que o autor se tornou
deficiente fisico e teve de reaprender a viver e a lidar com sua nova
realidade.
As dificuldades enfrentadas e a ajuda essencial dos
familiares e dos médicos, que sempre foram mais amigos do que médicos,
são contadas no livro “Longo Caminho de Volta”. O livro é o relato
verdadeiro de Ricardo, que fala não só dos seus obstáculos pessoais,
mas trata das dores e da não inclusão enfrentada por todos os
deficientes.
          O livro é um tapa na cara. Levanta questionamentos sobre a banalidade
em que a palavra cidadania é usada. Ajudar um cadeirante no sinal de
trânsito, comprando balas, não significa ser cidadão preocupado com as
questões sociais. Os problemas enfrentados pela maioria dos homens
passam a ser nada perto da vida desses guerreiros.
          Longo Caminho de Volta está na sua 22ª edição e já foi
traduzido para o inglês, espanhol e francês. Com mais de 160 mil
exemplares vendidos, o livro que aparentemente não tem nenhuma
pretensão literária se revela muito bom.



 



Por Pedro Paulo

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